Tive uma conversa com os caras da BJACK, e abordamos vários assuntos, inclusive uma novidade para muitos que acompanham a banda, que está no caminho certo.
Rafael: Antes
de tudo eu agradeço a atenção e gostaria que vocês me falassem um
pouco do processo de formação da banda e como surgiu o nome BJACK?
Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: A
banda foi sendo construída aos poucos, com anos de diferenças e
convivências. Passamos por diversas formações sempre deixando
amigos e nunca inimigos para trás. O nome foi feito devido a uma
união do antigo nome da banda, que era Black Jack e tornou-se BJACK.
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Bom,
a banda começou como a grande maioria: Reunião de amigos para
animar festas, e deu certo. Desde cedo
acreditamos que poderíamos fazer a diferença, que poderíamos ser
alguém. Quanto ao nome, no início era Black Jack, mas por motivos
de força maior (banda registrada com esse nome) tivemos que trocar,
e optamos na época por tirar o “lack” e deixar apenas B Jack, tanto que no início era separado, após algum tempo é que juntamos
tudo, BJACK.
Rafael: A
influência musical de vocês?
Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: As
minhas influências são diversas. (Sic)Escuto muita coisa para ter
uma opinião formada. Mas as bandas que mais me influenciam são: Red
Hot Chilli Peppers e Foo Fighters, e aqui no sul são Cidadão Quem e Rosa Tattooada.
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: (Sic) Sou
da velha escola do hard “farofa”: Guns, Skid Row, Van Halen,
Warrant, Toto, Mr. Big e alguns outros dos quais me envergonho, porém
são minha escola. Mas admiro muito o rock gaúcho, tipo Rosa
Tattooada, e também bandas que trouxeram uma nova inspiração ao
rock como Foo Fighters, Arctic Monkeys, finado Audioslave...
Denis Brauner {baixista}: Minhas influências vêm de Nirvana, Ramones, AC/DC, Red Hot
Chili Peppers, Foo Fighters, Green Day e até Oasis, além claro, de
um bom rock gaúcho.
Zé Scheffer {baterista}: (Sic) Sempre ouvi muito rock, seja ele nacional ou internacional. Gostava muito de
Raimundos e Nirvana, mas conforme foram passando os anos, passei a
escutar Pearl Jam, Radiohead, Paralamas do Sucesso, Angra, etc...
Rafael: A
banda existe há 12 anos, quais dificuldades já passaram ao longo da
carreira?
Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: Todas!
Mas estamos sempre passando por dificuldades que nos ensinam a lidar
com elas novamente. O mais difícil nós aprendemos: Crescer nas
dificuldades!
Zé Scheffer {baterista}: Acho que manter a
banda de forma independente durante 12 anos já poderia ser
considerada a maior dificuldade. Mas acho que a maior está por vir,
que é o projeto que temos de ir pra Porto Alegre e nos mantermos
financeiramente através da música no meio de tantas bandas
talentosas que existem lá. Sabemos que vai ser uma baita experiência
pra todos, pois vamos crescer musicalmente com isso.
Rafael: A
banda disponibilizou o download das músicas na internet, o que acham
de redes sociais, ajuda o suficiente a uma banda e de que forma ela a
ajuda?
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Bom,
o mundo mudou. Antigamente se gastava muita grana para gravar um
disco, e uma grana maior ainda para enviá-lo aos canais de
comunicação. A internet veio para facilitar esse envio. Ficou mais
fácil aparecer, e não culpo a internet por “banalizar” a
música, como muitos artistas enxergam. Acho que quem trabalha da
forma correta com ela, e trabalha honestamente com a sua proposta,
será visto e encontrado entre milhões de banda. Pelo menos, estamos
conseguindo. E seria muito mais difícil para a BJACK atravessar as
barreiras se não tivesse a internet. Imagina as vendas que temos
pelo Itunes, Amazon e Nokia Music Store sem a ajuda da internet?
Zé Scheffer {baterista}: Ajuda muito quem
trabalha de forma correta. Hoje em dia tem milhares de bandas
lançando músicas boas e ruins na internet, as ruins somem depois de
um tempo e as boas ‘’sobrevivem’’, até ganhar outras formas
de mídia. Nós da Bjack só temos a agradecer a internet, pois
graças a ela pessoas do mundo todo acessam nossas matérias e
escutam nossas músicas.
Rafael: Analisando
a capa do último EP, tive a curiosidade, de saber de quem foi a
ideia?
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Foi
um “mix” entre banda e designer contratado, quando começamos a
compor o atual EP, vimos que tínhamos um número parelho de baladas
e de músicas pesadas. Porém não estávamos à vontade para gravar
as baladas, queríamos sair um pouco do estereótipo do primeiro CD (banda pop/rock com muitas baladas, quase emo), então focamos em
trabalhar primeiramente apenas nas músicas que traduzissem o que
estávamos sentindo na época da gravação. Acabou que quando
percebemos, tínhamos gravado apenas músicas mais pesadas, e nenhuma
balada (a faixa “Deixa” consideramos uma semi-balada).
Quanto a arte do disco, pensamos em fazer algo que remetesse
ao mundo mais rocker, então contratamos o designer Jean Michel, da
Art Designations, que já fez trabalhos para diversas bandas e
artistas como Edu Falaschi (Angra / Almah), SoulForged, Deliver, além
de trabalhos para a gravadora Eternal Hatred Records e também foi
destaque na revista Photoshop Creative, e a arte da capa é uma
concepção toda dele, apenas orientado pela banda de como queríamos
que o público enxergasse a nossa música. E acredito que
conseguimos, porque muita gente elogiou o trabalho. Ficou uma BJACK,
versão mais madura, séria, ainda mais rock.
Rafael: E
sobre o EP lançado, faça uma comparação ao antigo CD que vocês
lançaram em 2007, ou seja destaque as principais mudanças ocorridas
na banda desde aquele tempo até os dias de hoje?
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: A
meu ver, a principal mudança foi a composição de músicas mais
maduras, letras mais consistentes, instrumental melhor produzido.
Crescemos muito, entre o primeiro CD e o atual EP, e a estrada de
shows, fez com que chegássemos a esse resultado.
Este EP é
verdadeiro, somos, pensamos, e principalmente, tocamos aquilo que
está no atual EP, pois conseguimos pela primeira vez mostrar nossa
essência, sem ter medo de rótulos, ou qualquer preconceito. (Sic) Chegamos ao nosso consenso como banda, “todos estão jogando no
mesmo time”. Agora é trabalhar para cada vez mais melhorar nosso
show e nossas músicas.
Denis Brauner {baixista}: Neste Ep, eu destaco o amadurecimento de todos nós como banda e como
músicos. Mostra bem nossas raízes, do que queremos que seja
nosso som, e como nós gostaríamos de ouvir. Não tem nenhuma modinha e sim o que queremos tocar.
Quais
dificuldades enfrentaram na produção do último EP e também no CD lançado em 2007.
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: No
primeiro álbum, em 2007, éramos “virgens” em termos de
produção/gravação, então realmente fizemos o que podíamos
fazer para que tudo ocorresse bem. Enfrentamos muitas dificulfades
com o primeiro, e destaco a “geladeira” de quase 3 anos, que a
gravadora da época nos colocou sem podermos divulgar o CD. Já no
atual EP, trabalhamos da forma correta, aprendemos com os erros, e
tivemos fortes nomes ligados ao rock gaúcho palpitando e
aconselhando em como deveríamos trabalhar, para não cometermos os
mesmos erros, e nem os erros deles. Foi um grande diferencial o
convívio e troca de experiências que tivemos com músicos e
produtores renomados na cena rock gaúcha, dessa vez não tivemos
dificuldade alguma que impedisse a produção deste atual EP
Existe
algo em produção? Videoclipe, CD, Single?
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Por
enquanto estamos agora focados na mudança de cidade, temos muita
coisa para resolver. Já estamos fazendo os shows de despedida de
nossa região, mas para futuro próximo, algo pelo fim do ano,
acredito que a banda inteira queira gravar um single, a moda antiga,
com a sonoridade e vivência adquirida em Porto Alegre.
Deixe
um recado para os fãs
Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: Queria
agradecer as pessoas que fazem valer a pena cada gota de suor, cada
noite perdida, cada dia cansativo só para fazer o que a gente mais
gosta: Tocar. Fazer cada show ser o MELHOR show de nossa vida!
VALEU!!!
Marco Lopez {guitarrista / tecladista}:
Muito obrigado por tudo que vocês tem nos proporcionado. Obrigado
pela atenção e paciência, e obrigado por lutar junto com a banda.
Vocês são nossos heróis.
Denis Brauner {baixista}: Comprem
nosso EP, se ainda não tiverem comprado, ali está nossa essência
musical. Sempre que subo em um palco penso em nossos fãs. Muito
obrigado galera por sempre estarem juntos aonde estivermos. Obrigado!
Zé Scheffer {baterista}: É engraçado a
palavra fã, antes não caía a ficha do que realmente significa, mas
depois que você começa a fazer shows em outras cidades e ver que
tem sempre um pessoal te acompanhando, você vê a real dimensão e
importância que tem essa palavra. Só tenho quatro palavras pra
dizer a todos: MUITO OBRIGADO POR TUDO!
Muito obrigado ao pessoal da banda pelo contato e parceria com o blog.