terça-feira, 31 de julho de 2012

Mulher também faz rock


Há quem duvide da capacidade de alguns artistas independentes, por não terem muito espaço e o aparato necessário para que produzam suas músicas. Especificamente no mundo do rock,  a suspeita ainda é maior se tiver a presença de mulheres. Sim, isso mesmo. É percebido em todos os lugares que certos públicos não acreditam nelas; que fazem música. No entanto, há controvérsias, e divide opiniões se existe aquele tal preconceito com bandas femininas.

Pois você já dever visto falar da L7, Bikini Kill, Voodoo Queens, Pussicat Trash, The Breeders, entre outras que marcaram o movimento Riot grrrl, que tinha o intuito de realizar festivais independentes de bandas femininas, que mostravam várias vertentes do rock como: Heavy Metal, Punk Rock, Grunge e Hardcore. Elas tinham suas próprias ideologias, a luta contra o machismo e a crítica em algumas situações políticas na sociedade. Riot grrrl, foi popularizado pela banda Bikini Kill, porém, não tinha lideres específicas. O ideal era que cada garota se posicionasse perante  alguns valores estabelecidos, a luta pela liberdade e igualdade  e a defesa de seus pensamentos, isto é, não serem influenciadas.


Halestorm - I Miss The Misery

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Sem deixar de falar da nova safra mais atual de bandas, não podemos esquecer a Amy Lee, que comanda o Evanescence, com sua bela voz e a sua versatilidade nos instrumentos e nas canções, fazendo da melancolia algo um tanto que agradável para os ouvintes.Podemos destacar também, a mais recente, Taylor Monsem, à frente da The Pretty Reckless, com sua voz, grave e potente de certa forma, e um incrível talento, que no início de sua carreira na arte era atriz, onde interpretou Jenny no seriado Grossip Girl. Enfim, entre outras bandas existentes com o vocal feminino, como Paramore, Versamege, Eyes Set To Kill, e etc...

Ultimamente no cenário independente, tem surgido bandas com mulheres de atitude e características que não podemos simplesmente ignorar ao ponto de dizer que não estão fazendo rock.

Algumas pessoas não conhecem bandas femininas, e quando se nota a presença dessas em alguns shows, é notório o menosprezo. " Nós já passamos por alguns comentários infelizes antes de shows, mas não chegou a ser ofensa. E depois que tocamos, a mesma pessoa que criticou, nos elogiou. Então isso foi uma surpresa para todas", relatou Cintia Mello, vocalista da banda Constantine, e ainda ressaltou que não enxerga que há  preconceito com bandas formadas por mulheres, " Eu acho que as pessoas até pensam, mas nunca sofremos esse preconceito. Nos shows, percebo olhares curiosos. Então, na minha opinião, é somente uma curiosidade em saber o que vem pela frente", diz.
 E em meio a esse debate, por outro lado, a vocalista da banda Avev, Viviane Vasconcelos, tem um olhar diferente, " Certeza que há nesse meio da música muito preconceito com mulheres, sempre ouvimos piadinhas, não só conosco, mas também com o Drake (Guitarrista) por ser o único homem da banda. Infelizmente tem uma galera imatura, pensa que mulher não pode e nem sabe fazer rock".  Ao falar dos shows, ela também comentou sobre a convivência da banda, que sempre busca a diversão, e a boa conversa, " O nosso convívio é tranquilo, não tem muita confusão e briga. Eu costumo dizer que aparecem questões para se resolver. Quando existe algum problema, nós nos reunimos e temos o bom e velho diálogo, que é sempre a melhor opção. A bagunça sempre acontece, os vídeos não me deixam mentir. Sempre procuramos nos divertir, pois geralmente rola aquela tensão antes dos shows, sem falar da correria dos ensaios, entre outras coisas", disse Viviane.






Além das bandas  Constantine e Avev, aqui no Brasil , outras bandas femininas se destacam no cenário independente como: Agnela, Lipstick, Depois do Fim, WF, Felícia, entre outras. Mulheres que, em sua maioria se influenciam também por outras artistas internacionais para fazer música. "A vocalista que me impressiona com a voz é a  Lzzy Hale, da banda Halestorm. Ela tem uma voz poderosa, nunca tinha visto uma mulher com o timbre dela, com as técnicas que ela utiliza, ela é demais" comentou, Cintia.

A vocalista da Avev declarou  que a mulherada deve lutar pelos seus espaços, independente de qualquer coisa. "Abraçar seus sonhos sem olhar para trás, viver é arriscar sem medo de se arrepender" é o trecho de uma música da banda, que deixou uma mensagem positiva para aquelas que gostam e querem fazer música.   "Tem de correr atrás e não desistir para que o sonho se concretize. Obstáculos e críticas serão vários, mas ser forte e persistente faz toda a diferença para a realização dos objetivos. Cabeça no lugar, acima de tudo, ser humilde; humildade conta muito também." Finaliza Viviane.


Cintia Mello - Vocalista Constantine
@constantinerock




Viviane Vasconcelos - Vocalista Avev
@Avevrock


Então é isso, Abs.


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