Estamos há quase um mês de acompanhar um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock In Rio. Que ocorrerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de Setembro. No Brasil, o evento foi criado em 1985, fora do país, ele acontece em Lisboa e em Madri. Por suas forças musicais no line up e propagandas, renda e público, o RIR já foi responsável por consolidar muitos artistas e bandas no cenário.
E por falar desses músicos, ele carrega uma polêmica muito antiga, com relação a variedades de estilos, que é colocada em cheque o próprio nome do "Rock in rio", por ter o nome 'ROCK' no projeto e levar cantores do axé (Depois eu termino de explicar sobre isso) reclamação esta há em todas as edições, porém, são contraditórias.
O brasileiro não esconde sua hipocrisia com esses coros negativos, por um simples fato, vou direto no ponto onde quero ir primeiro: A 'vaia' só é feita para artistas brasucas, claro que deve ter suas exceções na história do RIR.
Mas eu posso provar isso que falei, pelos acontecimentos recentes, pois nos últimos anos bandas, como Fresno, Gloria foram fortemente recebidas de forma negativas pelos 'fãs' do rock. Algo que vai na contra mão de toda coisa e apoio que deveríamos dar para o pessoal que sobe lá para realizar um sonho.
Estar ali em cima é um resultado do trabalho para muita gente do meio. No mesmo, não vimos os caras do Marron 5 serem recebidos de forma baixa, mas vimos isso com os gaúchos liderado por Lucas Silveira, e o Gloria, que fez um show impecável, com músicas até então inéditas do novo CD, deixando de lado o passado do grupo, que sentiram na pele toda ira por parte dos metaleiros, que só respeitaram eles quando foi feito um cover do Pantera, e esses não reclamariam se Avenged Sevenfold tocasse no mesmo dia que os paulistanos comandados por Mi Vieira.
O que uma banda tem haver com outra? Fazem o mesmo estilo, eu poderia, particularmente citar o Slipknot, por mais que eu não curta o som dos caras, pra mim foi de longe um dos melhores shows do festival. E esse tipo de receptividade com nossos artistas é algo histórico e tradicional.
Engenheiros do Hawaii, também já foram vítimas dos sabidões da musica, porém no Hollywood Rock, onde antecederam a apresentação do Nirvana, nos anos 90.
Citei o grupo do Humberto Gessinger, mesmo que em outro festival, porque percebo que a mídia tem uma parcela de culpa em como a massa irá ver tal banda em algo tão divulgado. Pois EngHaw, que foram tão criticados pela grande imprensa, após o RIR II, tiveram uma surpresa no jornal New York Times e ganharam elogios e uma página. Este fator é recorrente no Brasil, as duas que citei acima (Fresno principalmente) são apenas uma ponta do iceberg de toda essa discussão, assim como os Detonautas que foram noticiados de forma tendenciosa pelo site da MTV Brasil em 2011, mesmo considerados como uma das melhores apresentações do rock nacional.
Deixo claro com isso que a hipocrisia pelos amantes da música é algo fácil de se notar, infelizmente. Mas eu tenho fé que essa falta de apoio com nossos artistas acabe.
Ok. O FESTIVAL TEM ROCK NO NOME, MAS A CLAUDIA LEITE FOI LÁ. Então quer dizer que ela não pode, mas a Beyoncé pode?
Outro caso chato de se ver é isso, o público xinga, fala mil coisas porque a Claudia Leite ou Ivete estão lá, e quando Rihanna sobe ao palco todos babam e fica mil maravilhas, porém não são rock.
Eu não gosto do estilo de nenhum pop, porém se vocês, (QUE CHEGARAM ATÉ AQUI NO TEXTO) perceberem, verá que a muito tempo o Rock In Rio é uma marca, apesar de ter o estilo denominado. Tudo que o DONO quer é isso: vertentes variadas e gêneros populares. Ele não iria lucrar o mesmo tanto se colocasse sete dias só de rock (E mesmo assim não colocaria quem vocês querem por agenda das bandas), e ai chegamos e percebemos o capital da coisa $$$$.
Para ele é mais benéfico ter Ivete Sangalo, Lady Gaga, entre outros que são cantores disparados em sucesso e público e que estão sempre nas rádios, em um dia no festival. E depois disso, segue o resto dos gêneros, com os três dias de rock, esteja você (pagante) gostando ou não.
Enfim, quero que reflitam e pensem bem antes de sair falando qualquer coisa. Pois no cenário fonográfico, o poder e o dinheiro fala muito alto, e o Rock In Rio, com essa de colocar diversas atrações que passam longe do ''rock'' é um atrativo que cada vez mais cresce em seu numero de publico e renda.
Rafael Marinho
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