sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pier 13 sem medo de arriscar!


Foto: Marcelo Buck

Faz algum tempo que conheço o trabalho da banda Pier 13, uma coisa que me chama a atenção no grupo, natural de Minas Gerais, é que os caras não têm medo de se arriscar, trabalham com ideias próprias sem temer um erro e apostar em novas melodias, temáticas. 
Com uma idade média de 22 a 26 anos, o quarteto está em fase de gravação de um novo trabalho que promete mexer com os fãs e também ganhar um novo público que gosta de um som diversificado, sem se prender a um só elemento. Em um dos ensaios do grupo, eu tive uma conversa descontraída com eles, e pude perceber ali, que cada um tem a intenção de produzir sua própria essência, que é o resultado do som constante da Pier13.

Confira a conversa abaixo:


Como a banda se conheceu...
Lucas: Eu e o Rodrigo, que fundamos a Pier, na época em Minas Gerais. A Pier13 nasceu na verdade em Uberaba, 2011. E com o tempo decidimos vir pra São Paulo, e estamos há dois anos por aqui.


O que motivou a vocês a mudarem pra cá, defina um pouco a cena na cidade natal de vocês:
Lucas: Foi exatamente a cena lá que motivou nossa ida pra São Paulo... Além de ser muito voltada ao sertanejo. As bandas de rock lá se preocupam muito em fazer trabalhos covers, nisso são rotulados por lá mesmo por fazerem isso.


O tempo que vocês estão em São Paulo, qual foi a maior dificuldade no começo ou até mesmo depois para se manter? Conte um pouco.
Ronaldo Frauches: O começo foi difícil, foi como começar do zero, chegar num lugar em que você não conhece ninguém, imagina só... O que restava era sair divulgando.

Lucas: No começo foi algo extremamente difícil mesmo. Tivemos de fazer amizade, chegamos em São Paulo sem conhecer ninguém, além de não ter parentes por aqui. Era difícil, tocar em um show em que você estava ciente de que ninguém ali te conhecia. Enfim, a dificuldade maior, principalmente foi pra mim e pro Rodrigo Machine (Baterista), que fundamos a Pier13. Mas, literalmente, corremos atrás e ainda estamos correndo. 


Agora sobre o som de vocês. Qual a mensagem que vocês procuram passar para os fãs e também, me diga, já sentiram alguma mudança no som de vocês em alguns aspectos?
Lucas: Sim. No começo trabalhávamos para retratar mais os fatos do cotidiano da vida, coisas motivacionais, sabe. Depois, fizemos composições que abordavam mais o aspecto romântico do nosso rock e agora estamos explorando um outro lado nosso também que é um pós punk, que carrega temas mais leves e humorísticos.

Destaque atual do Pier 13 é o lyric vídeo recente da música "Andando a pé" (Dê play abaixo)

          

O que levou vocês a apostarem nessas mudanças constantes?
Ronaldo Frauches: Acho que assim. Nós crescemos juntos, sabe. Evoluímos e sempre estamos centrados no que vamos fazer, e buscamos constantemente esse crescimento musical, cada um buscar a sua própria vibe. Esses pontos são cruciais para nosso crescimento e até mesmo mudanças, como banda.


Quais as influências que vocês buscam no modo geral, como grupo?
Rodrigo: Então. No geral mesmo, cada um tem sua influência pessoal e tenta levar isso para o som próprio da Pier. Eu por exemplo, ouço muito reggae, ska e procuro transmitir o que levo comigo no conceito musical pra fazer o nosso som.

Lucas: Nós sempre buscamos referências, basicamente, dos mesmos... Blink182, CPM22, Strike, Green Day e algumas outras.


Em relação a composição. Quem é que compõe as músicas, e como funciona a criação de vocês, essa transmissão de ideias que resulta nesse som próprio de vocês?
Lucas: Geralmente, eu mesmo faço a letra, mando a eles uma prévia no violão e ai, partir disso, cada um leva sua ideia instrumental, sabe. E é ai, que vem a parte interessante, das influências de cada um de nós. E também, sempre ouvimos o Yuri Nishida, na produção musical, ele costuma dar dicas valiosas a nós nesse quesito principalmente.




Conte um pouco de como funcionou o contato de vocês com o Yuri Nishida. E de que forma o grupo aprende com ele a cada trabalho?
Rodrigo: Foi engraçado, porque eu estava enviando o nosso som pra muita gente que tem banda e uma certa experiência na cena de São Paulo. E uma dessas pessoas, o Yuri, ouviu nosso som, manteve o total respeito comigo e curtiu nossa proposta de som, e se ofereceu para trabalhar com a gente. Depois disso, surgiu o single "Fala demais" e hoje ele é um amigo nosso, parceiro total.

Bruno Melo: Ele me ensinou muita coisa, não só em relação a música, mas também a banda, a ter uma visão da cena, a trabalhar melhor com a internet a nosso favor, entre outras coisas. Depois que conheci ele, eu passei a ter uma outra visão em como é tocar num grupo que almeja um salto maior em relação ao cenário musical, aprendi coisas importantes também em relação a presença de palco, enfim o cara pega no pé mesmo da gente, falta bater (risos).


Falando da internet. Vale destacar a força de vocês na rede, né... Como analisam os meios virtuais hoje em dia para uma banda?
Bruno: É o meio mais fácil de você chegar a um certo público, só que ao mesmo tempo, dar uma certa distância também. Complexo isso, não? Então, o ouvinte da internet, ele pode ouvir, mas não necessariamente irá ao seu show, verá o clipe e depois esquecer, porque não é algo que estará todo dia ali para ele, a internet é bem dinâmica.

Ronaldo: É bem isso que o Bruno disse, e também tem um fator que a internet hoje é uma ferramenta que toda banda utiliza, seja ela de onde for: Nordeste, Sul, Norte, Sudeste, enfim... É muita banda presente na internet pra pouco público, sabe.


Falando no alcance ao público, a Pier13 chegou a abrir alguns shows de outras bandas que tem um público massivo, pelo que sei. Me diga, qual deles foi o que deu aquele maior frio na barriga e ao mesmo tempo foi histórico pra vocês?
Bruno: Então. Já abrimos para a Fake Number, Maré e algumas outras. Mas tem dois em específico que me ficam na memória, primeiro o do Cine, que foi uma espécie de divisor de águas para a gente (já abrimos dois shows deles), e depois de nossa abertura ao Cine, ganhamos um bom público, então considero bastante esse dia... E o último que abrimos para a Granada, e foi sensacional, público incrível, esse certamente, o mais recente, ficará guardado.


Foto: Marcelo Buck/ Facebook
Já tiveram algo inusitado em shows de vocês?
Bruno: Tivemos vários (risos). Já teve problema com o Rodrigo na bateria, já tive corda estourando no início do show. 
Eu mesmo já tive problema com minha guitarra, tive de descer do palco pra afinar ela, o plug afundou e eu naquele desespero. No fim, resolvi quando peguei uma guitarra emprestada pra prosseguir (risos).

Me fala agora do planejamento da Pier13 para o futuro: EP novo? música nova? o que está por vir?

Lucas: No momento um EP novo, começamos a gravação do primeiro single, no fim de Outubro agora pra Novembro. E assim, lançaremos, provavelmente, o single agora neste mês (Novembro). Bom é que ele tem uma pegada diferente de singles anteriores, aguardem...

Recado aos fãs:
Lucas: Bom. Quero dizer que somos muito gratos a quem está ao nosso lado. Vocês não tem noção da diferença e força que nos dão, fazemos isso pra vocês quem acredita na gente, então só tenho mesmo é que agradecer do fundo do coração!


Bom, galera... Foi um prazer falar com vocês, boa sorte na jornada, estamos juntos!
Rodrigo: Nós quem agradecemos pelo espaço e pela boa conversa, abraços!


Links:
https://www.facebook.com/Banda.Pier.13
http://www.pier13.com.br/


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