Volta e meio, me vejo pesquisando e descubro novas bandas, músicas, hits e etc... E em um desses momentos, me peguei no som de uma galera gaúcha, que faz um som forte, próprio e fora do convencional. Ao ouvir o Eletroacordes, fui à procura de um email para uma entrevista rápida e assim conhecer mais o som deles, e entender um pouco de onde todo esse som curioso o grupo faz.
O vocalista Rodrigo Vizzoto topou na hora responder minhas perguntas, que você pode conferir abaixo.
Quem são os integrantes do Eletroacordes e como surgiu a banda?
Rodrigo: A Eletros é formada por mim, Rodrigo Vizzoto, nos vocais e baixo, Fabrício Costa, também nos vocais e na guitarra e Evan Veit na bateria. Começamos há 5 anos em Porto Alegre, desenvolvendo inicialmente em ensaios para músicas "cover" até introduzir canções de rock autoral produzidas por mim e pelo Fabricio.
E a origem do nome "Eletroacordes":
R: O nome surgiu depois de algumas sugestões. A partir da essência base de remeter as origens das composições de rock em seu estado natural, através do acorde, plugado no ambiente elétrico da banda, surgindo então, a Eletroacordes.
Vocês, como power trio gaúcho, buscam influências de quais bandas no modo geral?
R: Nossas vertentes são variadas dentro do universo musical. Passa pelo jazz, blues, reggae, hard rock, entre outras. Sem rotular, ou pregar estilos e tendências. Absorvemos muito das influências do rock mesmo. Bandas, como: Led Zeppelin, Rush, The Who, Doors, Zappa, Police, etc... Sempre designam nosso som pela verve do rock gaúcho, como Cachorro Grande, TNT, Cascavelettes, Bidê ou Balde e Júpiter Apple.
Como é pra vocês fugir de certos rótulos? Já que o Eletroacordes se propõe a fazer o rock autêntico com base própria:
R: Para embasamento dos críticos e da imprensa, ou então dos entendidos, é difícil fugir destas amarras estereotipadas e rótulos necessários dos que buscam nos identificar. Mas seguimos nossa trilha, sem essa preocupação do pragmático jargão que querem que a gente venha a vestir. Claro que temos identidade - e influências - como falei, mas não nos comprometemos com o protocolo que a mídia comercial tenta nos impor.
R: Somos ecléticos na maneira de compor, tocar e se expressar. Na miscelânea musical que retratamos em nossas canções, partimos desde os princípios mais básicos e descompromissados que o rock exige, até em letras reflexivas e aprofundadas sobre temáticas do cotidiano, ou então, de uma visão particular sobre os aspectos do mundo.
E como está a produção da banda? Pretendem lançar novo single, clipe, neste primeiro semestre?
R: Sim. No momento estamos em plena atividade, fazendo shows e gravando em estúdio seis canções inéditas do nosso próximo EP, com título provisório de "Insanos", que será lançado neste primeiro semestre. Afora isso, lançamos nosso clipe e novo spot no YouTube, além da marca própria de nossa cerveja, a Eletros Beer. Novos projetos vem por aí, clipes é claro, shows e músicas novas.
O rock gaúcho é algo muito curioso em relação ao fanatismo das pessoas pelo som. Como vc analisa a cena em Porto Alegre?
R: Aqui é um mundo a parte, com suas peculiaridades, tanto para o bem, como para o mal. O tom provincianista tem suas vantagens, mas como em qualquer mundo, isola e perde sentido no que chamam de mundo globalizado.
Lógico que tem muita coisa boa por aqui, mas acaba na vala comum neste contexto particular do ambiente local, que subsiste. Sem pretensão alguma, mas nos inserimos para romper essa letargia que o rock gaúcho insiste em seguir, com raras exceções.
E em relação aos shows, como que o pessoal pode ficar por dentro da agenda do Eletroacordes:
R: Tocamos todo o mês e fazemos ampla divulgação tanto nos canais tradicionais, como disseminando nossa música nas Redes Sociais. Até aí, nada demais. Mas é notório a adesão das diversas tribos acompanhando nossas ações ou shows, que seguem crescente. Nosso site www.eletroacordes.com.br informa tudo, assim como nas redes.
Falando em show... Conte algo inusitado que já tenha ocorrido:
R: Bom... os fatos são marcantes a cada apresentação. Como no caso de um show em uma casa de samba-rock, ou então, em um festival juvenil, do qual destoamos por ser bem mais da velha guarda em relação as outras bandas presentes. Já tocamos para três como para 300, mas em todos os momentos, nunca fomos vaiados, o que já é uma premissa. Já tocamos baleados, quase sem voz, mas também em alta performance. Sentimos sempre um público receptivo, principalmente no Interior.
Nestes mais de 30 shows, sempre tem uma história para contar.
Pronto. Muito obrigado... Agora deixe um recado para o pessoal e resuma o Eletroacordes.
R: Buenas. (sic) A Eletroacordes é a busca por uma proposta fora do senso comum e extrovertida, sem pré-concepções ou ditadas pela moda de estilos ou gêneros do momento/massivas. Seguimos tocando, e em meio a tantas bandas, por prazer e por acreditar na força da música autoral pela cena independente. Claro que o sucesso e reconhecimento fazem bem, mas também estamos em uma condição confortável - porém, não acomodados - com a satisfação de fazer um trabalho autêntico e registrar o que é mais inusitado, fugir da cena comercial. Esta é uma proposta que nos agrada e que, se der certo, vai ser melhor ainda... Abraços!
Nenhum comentário:
Postar um comentário