quinta-feira, 4 de abril de 2013

Entre as grandes perdas do rock nacional: Cazuza faria hoje 55 anos se estivesse vivo

E aí pessoal!
Bom, o rock brasileiro já teve grandes perdas, a mais recente do vocalista Chorão, em que muitas pessoas da nova era de fãs do rock por aqui, dos anos 90 e 2000, sentiram demais essa perda.
No entanto, já tivemos várias outras que hoje são bem sentidas, como outros ícones do rock nacional que partiram dessa para melhor e deixam saudade.
Hoje, se ainda estivesse vivo, Cazuza iria fazer 55 anos de vida, talvez tenha sido uma das maiores perdas para a nossa música, se não a maior. Então, falarei um pouco desse grande músico.
Cazuza nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de Abril de 1958. Filho de um dos principais executivos no mercado fonográfico brasileiro, João Araujo, e de Maria Lúcia Araujo.
Ele teve uma vida comum, como a de jovens de classe média-alta da zona sul carioca, com boas escolas, cultuava bons livros e cursos.
A guinada na vida de Cazuza aconteceu na década de 80, quando entrou no curso de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" no circo voador. Lá começou amizades com jovens de sua geração, como Bebel Gilberto e Léo Jaime. Foi esse último que indicou em 81 para entrar na banda de rock Barão Vermelho, que precisava de um vocalista.Aí então, estava traçado o seu destino. Na companhia do guitarrista Roberto Frejat, do baixista "Dé", do tecladista Maurício Barros e do baterista Guto Goffi, Cazuza descobriu que poderia ser cantor e, mais, que seus escritos poderiam virar músicas.
Cantando suas fossas em ritmo de rock, o carioca logo despontou no cenário musical. Sob influência do jornalista e produtor musical Ezequiel Neves, uma especie de mentor na carreira do grupo e de Cazuza. Em 82 o primeiro disco, "Barão Vermelho".
O LP não repercutiu, até que Caetano Veloso resolveu incluir a canção "Todo o amor que houver nessa vida", composição de Cazuza e Frejat, na turnê do seu disco, "Uns", em 83.
Em 1984 o auge do Barão Vermelho, já sendo conhecido nacionalmente, o Barão lançou o seu 3° disco "Maior Abandonado" o ultimo com o Cazuza nos vocais, e no verão de 85 acontece algo que muitos jovens sonham, a banda toca no palco lendário do "Rock in Rio".




No mesmo ano, Cazuza resolveu abandonar o grupo e seguir carreira solo. E logo após a separação do conjunto, ele começou a sentir os sintomas da AIDS.
Durante a carreira solo, Cazuza gravou cinco discos: "Cazuza", "Só se for a dois", "Ideologia", "O tempo não para - Cazuza ao vivo" e o álbum duplo "Burguesia".
Cazuza assumiu publicamente sua doença em fevereiro de 1889, em entrevista ao repórter Zeca Camargo, na Folha. O cantor chegou a ser levado pela família para se tratar em Boston, nos Estados Unidos. Mas voltou ao Brasil para gravar o álbum "Ideologia", turnê mais marcante na carreira do cantor.
O show era aberto com a música "Vida louca vida" de Lobão, e virou especial da Globo e o disco "O tempo não para".
Ele lutou publicamente contra a doença e esteve no palco enquanto pôde. Ele morreu em casa, cercado pela família, em 7 de julho de 1990.
Cazuza mostrou e foi o grande rockeiro em que nos tiraram do cenário, sempre acreditava nos seus ideias sob o lema "É melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez", e assim, foi coerente com seu discurso até o fim, em sua ida que misturou sexo, drogas e rock n' roll. Além de, claro, muita poesia.


"O tempo não para"

É isso ai
@Matheus_Frts

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