quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O cenário rockeiro gaúcho





Nos dias de hoje, o rock nacional está destacando novas bandas... Seja pela internet, pelas rádios, TV ou até mesmo por festivais.Há também outras, que são independentes e já nos representaram  muito bem, fora do país. Todos sabem que o rock brasileiro tem uma marca forte, que sempre revelam novos conjuntos musicas, talentosos e carregados de hits marcantes para o público.
Engenheiros do Hawaii (1984) deixou um legado no sul

No entanto, muitas pessoas costumam dizer que o sucesso varia bem mais no eixo Rio - SP, do que em relação ao sul do Brasil, por exemplo... Que já nos apresentou poucas bandas em relação a outros estados, como Engenheiros do Hawaii, Papas da Lingua, Fresno, Graforréia Xilarmônica, entre outros que certamente levam uma essência muito positiva para a nova safra de músicos que lutam e conquistam seus espaços "As minhas maiores influências de bandas aqui do sul são: Tequila Baby, Os Replicantes, Os Cascavelletes,Vera Loca e TNT" disse Eduardo Daronch, que é um exemplo de destaque nos vocais da banda Peixes Voadores, uma das mais promissoras do estado.


Peixes Voadores - Canção da realidade


Nos últimos tempos, no Rio Grande do Sul tem surgido bandas que já sentiram a responsabilidade de apresentações importantes. "Entre essa nova geração, eu curto muito o trabalho da Zerodoze... São muito bons inclusive já abriram shows internacionais, como Slash e Sebastian Bach. Enfim, eles tocam um rock pesado, mas na medida certa e agrada muita gente, várias tribos, desde o punk ao metaleiro" lembrou Marco Lopez, guitarrista da Bjack. Que endossa o seu comentário ao falar que certos meios de comunicação não ajudam o bastante a galera mais recente "Aqui as rádios, por exemplo, estão sofrendo do mal do rock. Quase não tem na programação e, para fazer uma boa divulgação, tem que pagar um jabá mascarado em brindes para a audiência. Não sei se o rock terá de volta a sua parcela por meio dela. No sul, o circuito é bem mais underground e se renova pelo boca a boca" completou, Lopez. Que por estar nas guitarras da Bjack há pouco mais de 12 anos e conhecer bem o lado musical, falou com convicção da cultura gaúcha, no que é levada a música. Ele acredita que o rótulo é criado pelos próprios artistas "No RS, as bandas conseguem subexistir e ás vezes se tornam grandes apenas tocando aqui. E ele, o rock gaúcho, é visto pelos outros como inovador e apaixonado", disse. Em contrapartida, ele entende que isso acarreta num lado negativo, que poucos percebem  "Eu não curto muito a atitude de algumas bandas grandes, que inflam seus egos dizendo que não precisam ir ao centro do país para fazer sucesso... Minha opinião: é que não pode haver fronteiras, quero que as pessoas no Brasil e no mundo inteiro conheçam meu som, independente de gostar ou não. Faço música para ser ouvida e não para ter status" declarou.


Bjack - Cansei


Por outro lado, Eduardo entende que toda essa denominação não passa de uma simples maneira de rotular o pessoal, mas entende o lado de quem acompanha os músicos. "Pra mim, somos todos iguais, só existem limitações criadas por antecessores; o que nos diferencia, talvez, é que o fã gaúcho é muito fiel ás bandas, por comprar produtos, comparecer em massa a shows, ou seja, dão muito valor, têm uma boa interação. Mas eu não diferencio, acho que tudo isso é um grande rotulo (risos)", disse.

Pelo que parece, isso pode ser marca dos músicos do estado. Enfim, isso é uma discussão muito complicada pra quem vê de fora. E com toda a experiência do underground, Marco acha que falta mais atitude por parte de todos. "Aquela vontade de dar as caras... Falta isso. Arriscar e mostrar o seu som mesmo. Trabalhar em cima disso. Como dizemos aqui no sul: se puxar e fazer acontecer! Nisso, os roqueiros precisam da velha postura punk do FAÇA VOCÊ MESMO", Concluiu o guitarrista.

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