terça-feira, 29 de abril de 2014

Longe da perfeição, NX Zero comemora 13 anos com hits


A festa de 13 anos de carreira do NX Zero contou com uma festa boa, porém não tão para todos, até o fim você entenderá os motivos. Mas as bandas novas puderam mostrar o som delas, claro que houve quem exagerasse em covers. A casa abriu por volta das 17h40, com quatro grupos de abertura. 

O show da Reata foi um mar de covers, embora tenham preparado um repertório que foi considerado satisfatório a um primeiro show, eles tocaram Charlie Brown Jr. e até mesmo o single "Under The Bridge" do Red Hot Chili Peppers. A banda, que foi uma das finalistas do Temos Vagas da 89.1 FM, conseguiram com o carisma do seu vocalista Gui, os aplausos e boa recepção do público do NX Zero.








A banda UP também fez um show seguro, e por já ter um certo reconhecimento na cena e alcançar uma boa parte do público do NX ZERO, eles não encontraram problemas e obtiveram êxito. O baterista Henrique têm meu destaque particular, com rapidez e eficiência em seu instrumento. UP tem um som autoral e se você gosta da vertente pop rock, deveria ouvir.



Os meninos do Valense, ganharam de certa forma uma ala de quem esperava pelo show mais aguardado da noite. O grupo conduziu sua performance através de tributos também, porém, eles surpreenderam bastante em relação as músicas autorais. Um pouco do público que ali estava próximo a grade cantaram a canção "Se A Gente Quiser". O ponto negativo ficou por conta da exibição do vocalista Gabriel, que ao cantar "Maior Que As Muralhas" do Fresno, desafinou vergonhosamente. O cantor, poderia ensaiar melhor o seu tom e cantar com estilo próprio certos covers que ele se propor a fazer. Tirando o estrago feito no single da Fresno, o show da banda foi bom com o público gritando ao final por "Valense, Valense!"

Gabriel em performance a frente da Valense

Horas depois, para finalizar as apresentações de abertura e dar um up diferente no público, o grupo Fatho, de São Caetano do Sul entraram no palco. 
Com discurso politizado, o frontman Guilherme Porto a cada música cantada fazia questão de deixar um recado crítico sobre os problemas sociais com sua frase marcante "Vamos incomodar quem nos incomoda!", dizia.




Guilherme Porto e o guitarrista Felipe Del Bianchi (atrás) em performance do grupo  
                                   

 A Fatho foi a única que de certa forma, mostrou atitude e tocaram apenas músicas autorais como, "A Culpa", "Abençoa", "Um dia eu chegou lá", "Sanguessugas", esta última foi bem destacada nos arredores da pista premium.

Logo ao encerramento da apresentação, eles agradeceram a boa hospitalidade dos fãs do NX Zero, que já estava um pouco maior naquela altura, por volta das 21h25. Além disso, o grupo do ABC paulista demonstrou sua proposta de forma inteligente, pois houve comentários positivos sobre as influências que o grupo tem d ' O Rappa e Nação Zumbi.



Ao encerrar o show da última banda de abertura, fãs já estavam ansiosos e esperançosos de que a qualquer momento os rapazes do NX Zero fosse subir para encerrar a festa de seus 13 anos de carreira com grande estilo. No entanto, a hora se passou, por motivos desconhecidos - NÃO SABEMOS SE FOI A CASA QUE ATRASOU COM A MESA DE SOM, OU SE A PRÓPRIA BANDA RETARDOU O INÍCIO. E então por volta das 22h30 o conjunto liderado por Di Ferrero subiram ao palco.


Devido ao atraso, a apresentação foi bem enxugada. Não tocaram todas as músicas previstas no setlist. Com o carisma de Di, e as ótimas técnicas do baixista Caco o grupo contagiou a todos com muitos hits. A faixa "Não é normal" encabeçou um dos singles cantados na noite do último sábado (26). 




Com toque agitado e ótimos viradas na bateria por parte de Daniel, característicos do pop rock nacional, o NX Zero parecia demonstrar pressa em certos momentos para tocar o maior número possível de músicas em pouco tempo. Logo depois, a canção "Maré" foi executada, e com um coro muito bonito por parte da galera que estava extasiada, pois a faixa do disco "Em Comum" foi uma porta de entrada para emocionar muita gente com os hits seguintes: "Além de Mim" e o mais recente "Ligação".

Gee Rocha executando um dos hits do NX Zero
                                                
Caco, um dos mais agitados em cima do palco 



Logo após, Di Ferrero deu um recado ao público, desculpou se pelo atraso e iniciaram outra single que foi um dos responsáveis por colocar o NX Zero no quadro atual do pop/rock brasileiro, "Pela última vez" foi para dar um clima nostálgico na apresentação, no Espaço Victory na Penha. Depois disso, o vocalista voltou a falar com quem os prestigiava e deixou claro que estavam ali também para matar a saudades de um ídolo, esse que foi quase sempre lembrado durante a noite, e então o NX Zero contemplou a todos com "Zóio de Lula" do Charlie Brown Jr.





                                                                      

Outro destaque foi para a música "Cedo Ou Tarde" que contou com  a participação do vocalista Fildzz e o guitarrista Dudu, ambos integrantes do Aliados. Logo após, eles adicionaram a canção "Esperança", um sucesso do grupo santista, e obviamente cantada por todos. Ao sair, Fildzz agradeceu aos seguidores do NX Zero e disse ter se sentido especial por fazer parte daquela comemoração.                                                                                                                                                   


Assista abaixo, video feito por Felipe Marques.









E com um single atrás do outro, o NX Zero fez uma festa não só para os fãs da banda. Eles tocaram ainda "Razões e Emoções", que é a responsável central de tudo que esse grupo representa hoje. A música emocionou pessoas que estavam ao meu redor, e ela foi praticamente o hino, de tão cantada, e por ter sido um dos pontos altos da apresentação que eu chamo de cover do cover que o NX exibiu.




O grupo paulista fechou a noite com "O Céb Abriu", seu sucesso mais recente, para dar aquela boa dose de coisa nova para os fãs e encerrar o show por volta das 23h45. E diante desse horário, nem todos os presentes puderam ficar até o fim. Sim, houve quem não pudesse acompanhá-los até o final, por conta do transporte público e o grupo não tocou todas as músicas que estavam previstas no setlist por falta do tempo desperdiçado, o atraso. Ou seja, a comemoração de 13 anos do NX Zero passou longe de ser uma perfeição, ou aquele aniversário marcante de um adolescente, porém pode ter sido válida para quem gosta de singles e quem conseguiu vê-los até o último hit.


* Por fim quero deixar meus agradecimentos ao Ricardo Nóbrega e equipe do HC NO AR junto com a Venus One e Sob Controle que liberaram nossa cobertura no evento.

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Por: Rafael Marinho
Fotos: Rafael Marinho

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