quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Resenha Festival Quebramar 2013





Fala galera, beleza?


Dessa vez vou falar um pouco sobre o Festival Quebramar, evento que ocorre todos os anos em Macapá-AP. Esse ano o Quebramar teve como suas atrações principais Krisiun, Emicida, Ação Direta, Arnaldo Antunes, Curumin e Strobo. O festival foi repleto de grandes apresentações, tanto das bandas locais quanto dos artistas que vieram de fora, que não perderam tempo e destruíram tudo o que podiam.
Entre os shows locais, destaque para a StereovitrolaAmatriboMatinta PereraNovos e Usados e João Amorim, que mandaram muito bem e souberam aproveitar o tempo no palco.
O evento desse ano, assim como nas últimas edições, tiveram grande participação do público em geral para todas as apresentações oficinas, competições e tudo mais. Neste ano, foi realizado um torneio de Slackline, muito interessante para todos que ainda não a conhecia, eu por exemplo curti muito o campeonato, e penso até em começar a praticar, quem sabe!?


Sem mais delongas, vamos as performances, não vou falar de todas até porque foi uma semana inteira de festival e quatro dias de apresentações, seria bastante cansativo tudo isso para ambos. Então começaremos logo pelo dia do instrumental.

No primeiro dia, na vertente instrumental, tivemos a banda de abertura Trapos e Cometas, que foi bem demais, usou e abusou de distorções e riffs pesados. Logo depois da perform dos T&C tivemos o grupo Tem Deck? que particularmente não me agradou e cheguei a me ver com sono, então não tenho muito a dissertar sobre eles. 

Por outro lado, Guitarras no Meio do Mundo foi excelente, conseguiram agitar a todos os presentes no centro de convenções, em especial na hora que começaram a tocar dois grandes clássicos como "Smoke on the Water" e "Money For Nothing", essa foi a hora na qual mais pirei na apresentação toda deles. 
E fechando a noite tivemos os paraenses do Strobo, não pude acompanhar toda o show deles, infelizmente, mas o pouco que vi foi o suficiente para gostar bastante e deu para perceber o carisma deles. 

O segundo dia foi o dia do Metal, onde o Krisiun era um dos mais esperados para este. Mas ainda não vamos falar do show deles. Pois a noite começou com os caras do Sangria, banda de Crossover das antigas do estado, iniciaram logo a roda punk e o peso da noite, performance admirável do grupo.



Seguindo, tivemos a apresentação da Morrigam, uma das piores exibições do festival inteiro. Guitarras desreguladas, parecia mais uma batalha de guitarras com afinações diferentes, fora o vocal, que estava bastante abafado, resumindo tudo, eu e muitos dos presentes não curtimos à apresentação deles. 



Depois o Matinta Perera, que por sinal destruiu tudo, mesmo se atrapalhando um pouco com o tempo e deixando de tocar sua principal musica "Matinta Perera", mas nada que tenha atrapalhado de forma geral a bela perform. E mesmo assim o público presente foi ao delírio com eles, em especial na hora que tocaram "Preto Velho" e "Tranca Rua das Almas" que fechou a vez dos caras. (Murillo vai querer minha cabeça quando ele ver que eu coloquei essa foto aqui no blog)


Profetika, banda de grande renome no estado, não ficou atrás e começou sua apresentação com muita porradaria, esbanjando um excelente trabalho nas guitarras, fazendo o público se destruir nas rodas punk com muito thrash metal, destaque para as musicas "Mercenário" e a clássica "Serial Killer". 



Logo após a Profetika, tivemos a apresentação dos paulistas da Leptospirose, que mesmo sem o seu baixista, encararam o público e conseguiram fazer tudo muito bem no palco. Na medida que eles adicionaram muito hardcore, o público respondeu com muita roda punk. 



Mas um dos maiores destaques do festival, a banda Amatribo, abusaram com seu thrash metal, guitarras bem trabalhadas e bateria rápida, fora o vocal poderoso do Maksuel que faz com que a banda seja um ícone no estado. 
Infelizmente eles só puderam tocar três musicas, por motivos que até agora eu não sei, destaque para "Homem X Natureza" que lotou com o peso deles, o público ficou aguardando por "Guerra" "Dia de Treinamento" e "Guerra dos Mundos", que são suas musicas mais conhecidas. 



E finalmente, logo após a Amatribo, foi a vez da banda mais aguardada da noite, Krisiun subiu ao palco e já começou com muito peso e agito, com um mosh pit bem bruto, e sua apresentação seguiu toda sem cair o nível, eu por exemplo ainda tô todo marcado desse mosh. Mas o ápice deste momento, fica sem duvida nas duas musicas, com o cover de "Black Metal" do Venon e de "Kings of Killing" fechando com tudo sua apresentação. Só posso dizer o encerramento deles, é que eles foram muito MONSTRUOSOS!!! 


 




No terceiro dia foi mais aberto para o pessoal que gosta de rock e hip-hop, tendo como atrações principais: Ação Direta e Emicida. No entanto, quem abriu foi O Sósia que já chegaram exibindo sua complexidade psicodélica, defino como boa este início. 





Dando continuidade, Novos e Usados conseguiram agitar o público presente no evento, uma das melhores do evento, na minha opinião. 





João Amorim era a única banda "intrusa" esse dia (risos), um MPB em um dia de rock e hip hop. Mas convenhamos, eles não tiveram pena e apresentaram um repertório excelente, manteram o ótimo clima e nível do festival.
Pra mim foram uma das melhores de todo o Quebramar 2013. Meu destaque vai para a musica "Nômade" e "Margaridas", que levou um público a cantar junto com eles.



Na mesma noite tivemos a apresentação da Stereovitrola, que por sinal foi ótimo. Destaco a hora que tocaram "Macaco-Rei", essa é minha musica favorita. Mas num todo foi exuberante, sem palavras para eles, musicalmente rico, enfim... Só digo uma coisa: Stereovitrola, vocês são demais. 


                                        
E dando uma pausa com o rock foi a hora da noite que entraram em cena a galera do hip-hop. O grupo Nata VL, tem estilo e sabem o que fazer, eles contaram com auxilio de várias participações de outros MCs locais. 


Porém a melhor parte ainda estava por vir. Emicida fez todo o público ir ao delírio e cantar todas as suas musicas do inicio ao final de sua apresentação, pois ninguém conseguia ficar parado.

Depois dele, os paraenses do Bruno B.O entraram em cena. Achei muito boa a apresentação deles, que contou com a presença do guitarrista da banda Molho Negro.


O grupo paulistano Ação Direta, fechou o dia do festival. Chegaram distribuindo peso, rapidez, com muita roda punk de quem estava lá, onde a galera foi ao delírio em cada musica. Eles terminaram sua apresentação com gosto de quero mais, pois valeu cada segundo deles naquele palco. Encerrando mais uma noite do Festival.


O último dia era realmente o dia mais alternativo, de estilos mais diversos, que iam do rock ao samba, do blues ao MPB. Que começou com a Zanquerada, mandando seu Amazon-Caribbean para o pessoal e fez com que até o público mais acanhado cantasse suas musicas. 

Logo a seguir, a banda Mano Blues, pelo nome já dá pra perceber que é blues (dãã). É um grupo que tem o seu valor, deu para notar. Algumas pessoas faziam uma brincadeira com o nome de uma musica deles e ficou uma pergunta no ar: Por que é que eu canto blues? 


Logo depois da Mano Blues, o Resistência Pública, banda de Santana, cidade vizinha de Macapá. Dava pra perceber que eles estavam nervosos por estar se apresentando lá. Mas conforme o tempo passou o nervosismo parece ter esfriado e conseguiram mostrar ao que vieram, perform média.


Logo depois deles,o Molho Negro que levantou todo o público que cantaram suas músicas.
 O público respondia a cada uma delas que eles tocavam e realmente era muito bonito de se ver. Em alto e bom som, a galera se levantou mais do que nunca com as "Se ela não é lesbica, tem namorado" "Aparelhagem de apartamento" e o cover de Roberto Carlos da musica "Negro gato". Ai mais uma das melhores apresentações do festival. 



Jaloo fez todo o público que tinha se despertado na apresentação anterior dormir de novo, era só olhar para os lados que se viam as caras de sono de todos ali. Posso dizer que foi tão ruim quanto Tem Deck? e Morrigam. 


Logo que Jaloo deixou o palco, veio de Natal, a Camarones Orquestra Guitarristica, e a programação voltou ao normal. Com os presentes do Quebramar mais ativos depois do show anterior. Um instrumental excelente que fez valer a viagem deles até aqui, animaram bastante o público, e ainda contou com a invasão do guitarrista e baixista da Molho Negro no show.


Devo destacar também o  grupo Curumin, mostraram bem seu trabalho, que diga-se de passagem, é excelente, com muito samba, mpb, hip-hop, misturam originalmente esse rock e funk, só tenho a dizer que foi mágico. 
Eles abriram com a "Guerreiro" e encerraram com "Caixa-Preta", outra que fez o pessoal brincar com um trecho da musica: "O que é que tem na caixa-preta?", alguns até brincavam dizendo que era a resposta do "Por que que eu canto blues?", mas brincadeiras a parte, foi muito boa a apresentação. 


E pra fechar a noite e o festival, o poeta Arnaldo Antunes, trouxe muito mais do que todos esperavam. Com um show bem proveitoso e longo, todos aproveitaram ao máximo mesmo sua apresentação. E a interação dele com o público era imensa, volta e meia descia do palco para falar diretamente com o pessoal.
Arnaldo, você ganhou o meu total respeito com isso, mostrou que não tem estrelismo. 


E assim encerrou mais uma edição do maior festival de Amapá, o Quebramar foi um show de arte e música com um saldo bem. Então me despeço aqui, e até a próxima.

Créditos pelas fotos: Festival Quebramar

Texto por: @JhonnyRodaPunk 

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